Percloreto de ferro consegue.
Nas palavras do mundo e no mundo das palavras.
Tudo é seu.
Corroer as amarras que me travam presos em mim mesmo.
Como vencer um contexto social.
De todos, como sair daqui sem fugir.
Em cada dia, cada momento corroer essas amarras.
Este terno.
Esta camisa de força.
Esta palavra velada.
Toca o ar com a lingua, morder o som.
Calar
620 segundos de puro nada.
Acordar para trabalhar.
Acordar para o nada.
Se a verdade existe ela existe lá.
Acordei com fome .
Me enchi de mim mesmo e de tanto engolir, engordei.
Preciso párar de guardar, párar de engolir.
Deste terno terno azul que me veste a realidade não quero a amarra.
Quero que a camisa que me parte se parta.
Como sentir isso????
Como me livrar???
Se a verdade existe, por que existe verdade?
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